REVISTA ELETRÔNICA de EDUCAÇÃO & SAÚDE.

REVISTA ELETRÔNICA de EDUCAÇÃO & SAÚDE (ano XLI) 2024 ou 5785
Criação e realização do biólogo e professor JOÃO ANGELO MARTIGNONI TEIXEIRA
Orientação e configuração do engenheiro e professor EVERARD LUCAS CARDOSO

25 maio 2013

Principais Alquimistas:

Nicolas Flamel (*1330 +22/3/1418) - francês;


Nicolas Flamel nasceu em Paris e era Arquiteto da igreja parisiense de St. Jacques, de simbolismo hermético, da qual resta apenas sua famosa torre. Estudando o manuscrito alegórico de Abraham, o judeu, converteu-se num autêntico Mestre Alquimista. Em sua obra O Livro das Figuras Hieroglíficas, surgido em 1669, consta como conseguiu o manuscrito: “Quando faleceram meus pais tive que ganhar o pão escrevendo; naquele tempo adquiri um livro dourado, muito velho e volumoso. O livro compunha-se de três fascículos de sete folhas cada um e a sétima folha de cada um aparecia em branco. Na primeira folha via-se um báculo em torno do qual apareciam enroscadas duas serpentes; na segunda, uma cruz da qual pendia outra serpente e na sétima podia ver-se um deserto, no centro do qual brotavam formosas fontes; porém delas não saiam água senão serpentes que se arrastavam em todas as direções.
Na fachada do livro, lia-se: “Abraão o Judeu, príncipe, sacerdote, levita, astrólogo e filósofo”. Na terceira folha explicava-se como se transformavam os metais. Junto ao texto reproduziam-se dois recipientes, davam as cores e todos os detalhes, exceto a Pedra Filosofal, a qual aparecia reproduzida com grande arte e forma tal que cobria por completo as páginas quatro e cinco”. Posteriormente, Flamel mandou colocar essas figuras no cemitério parisiense dos inocentes. Dos relatos houve um que o impressionou bastante: “Um rosal florido no meio do jardim; no solo junto às rosas uma fonte da qual emanava água branquíssima, que logo a uma distância respeitável precipitava-se num abismo. Muitas pessoas cavavam ao longo de seu curso, com as mãos na terra, tratando de encontrar a fonte, porém não conseguiam êxito porque eram cegas; somente um foi capaz – ele encontrou a água”.
Esta é realmente uma das maiores simbologias Alquimistas, pois expressa claramente o significado do Grande Arcano. A rosa indica a cristalização dos corpos solares. A fonte simboliza a transmutação; é a fonte da água viva da qual falava Jesus. A humanidade inconsciente busca essa fonte e apesar de tê-la tão perto não a encontra; a água é desperdiçada, caindo nos abismos. Somente o adepto, o Iniciado, é o único capaz de valorizar as águas seminais. Flamel finalmente conseguiu captar o sentido dos processos, porém seguia sem compreender o processo da matéria prima. Consultou então sua esposa Perenelle, a qual imediatamente dedicou-se com idêntico fervor a estudar o misterioso livro. Com isto, Nicola Flamel nos indica que é necessária a mulher para realizar a Grande Obra.
Marchou logo em peregrinação até o sepulcro do apóstolo Santiago, na Espanha, encontrando-se com o Mestre Canché, o qual indicou-lhe os fundamentos do Magistério. Flamel narra sua Iniciação da seguinte maneira: “Todavia trabalhei uns três anos, até que finalmente encontrei o elixir (havia trabalhado 21 anos) que imediatamente se reconhece por seu forte odor. Primeiro o projetei sobre uma libra e meia de mercúrio e obtive desse modo igual quantidade de prata; isso ocorreu em minha casa, estando presente unicamente minha esposa Perenelle; mais tarde, atendo-me escrupulosamente a cada palavra de meu livro, projetei a pedra vermelha sobre uma quantidade quase igual de mercúrio na mesma casa e de novo estava presente minha esposa Perenelle. Realizei a obra por três vezes com a ajuda de Perenelle, pois como havia-me ajudado no trabalho, o entendia exatamente como eu”.
Flamel provocou entusiasmo com seu livro, tendo o mesmo sido reimpresso ininterruptamente durante os séculos 15, 16 e 17, e incluído nas obras completas da Alquimia.



Raimundo Lúlio ou Ramon Llull (*1234 +1315) - catalão; apelidado de "Dr. Iluminação", foi discípulo de Arnoldo de Vilanova (que acreditava na efetividade da Pedra Filosofal). Nasceu em Palma de Maiorca. Durante os primeiros 30 anos levou uma vida vazia. A morte da mulher amada comoveu-o profundamente. A Raimundo Lulio molestava a negação da imortalidade do homem e dedicou-se apaixonadamente a refutar aos Averrores, desprendendo o mesmo entusiasmo na conversão dos maometanos. Era teólogo e acreditava na Astrologia; foi professor em Palma de Mallorca, Paris e Montpellier e sua doutrina está tão identificada com os ensinamentos gnósticos e árabes, que é considerado um dos profetas da Arte Alquimista.
Raimundo Lulio, em seu livro Clavículas, diz: “Por isso os aconselho que não obreis com o Sol (homem) e com a Lua (mulher) senão depois de havê-los levado a sua matéria prima (energia sexual) que é o enxofre e o mercúrio dos filósofos. Ó filhos meus! Aprendei a servi-vos dessa matéria venerável, porque os advirto sob a fé de juramento, de que se não sacais o mercúrio desses metais, trabalhareis como o cego na obscuridade e na dúvida. Por isso, ó filhos meus! Os conjuro a que marcheis até a Luz com os olhos abertos e não caiais como cegos no Abismo”.

Fulcanelli (*1839 +1953) - francês;


As obras de Fulcanelli eram livros de cabeceira do VM da alquimia -  Samael Aun Weor. O livro "A Rebelião dos Bruxos" (escrita por Jacques Bergier e Louis Pawels) é um golpe à consciência das grandes multidões ávidas para conhecer o que há além de nossos sentidos físicos e qual é esse conhecimento que permanece oculto e velado. Nesta obra começa a abrir-se o véu das antiquíssimas e avançadas civilizações que desapareceram, muitas delas deixando para a posteridade apenas lendas ou ruínas destruídas e que intrigaram os que vêem além da letra morta; porém, o que nossa civilização herdou é apenas simbolismo, tocando às Escolas Iniciáticas e aos Grandes Mestres fazer a revelação do mesmo.
Na Rebelião dos Bruxos começa-se a conhecer esse misticismo enigmático e oculto dos antigos alquimistas; a leitura deste livro inicia a busca das obras dos mestres Fulcanelli e Lobsang Rampa, ambos fontes de luz na obscuridade do conhecimento.
O Mestre Fulcanelli afirma: “A Alquimia, remontando-se do concreto ao abstrato, do positivismo material ao espiritualismo puro, amplia o campo dos conhecimentos humanos, das possibilidades de ação e realização da União de Deus e da Natureza, da Criação e do Criador, da Ciência e da Religião. A Ciência Alquímica não se ensina. Cada um deve aprendê-la por si mesmo, não de maneira especulativa, senão com a ajuda de um trabalho perseverante, multiplicando os ensaios e as tentativas, de maneira que se submetam sempre as produções do pensamento ao controle da experiência.”
Esse insigne Mestre, em linguagem alegórica, na qual encontramos amplos e profundos conhecimentos da doutrina Gnóstica, mui ocultamente nos entrega o Grande Arcano: “O Alquimista deve unir-se a esta Virgem em corpo e alma, em Matrimônio Perfeito e indissolúvel a fim de recobrar com ela o Andrógino Primordial e o estado de Inocência” (Moradas Filosofais, pág. 22).
“Na segunda janela, não deixa de suscitar curiosidade uma cabeça rubicunda e lunar, coroada por um falo; descobrimos nela a indicação expressiva dos Dois Princípios cuja conjunção engendra a Matéria Filosofal. Esse Hieroglífico do agente e do paciente, do Enxofre e do Mercúrio, do Sol e da Lua, pais filosóficos da Pedra, é suficientemente eloqüente para ministrarmos a explicação.” (Moradas Filosóficas, pág. 233).
Revela os segredos das Catedrais Góticas, resumindo que toda a Verdade, a Filosofia, a Religião, está baseada na Primeira Pedra, sobre a qual repousa toda a estrutura do Templo e é este mesmo Arcano o que se encontra nas Pirâmides do Egito, Templos da Grécia, Catacumbas Romanas e Basílicas Bizantinas.
Apresenta a Catedral fundada na Ciência Alquímica, investigadora das transformações da Substância Original (Energia Sexual) da Matéria Elemental. Pois a Virgem Mãe despojada de seu véu simbólico (o Véu de Ísis), não é mais que a personificação da Substância Primitiva que empregou para realizar seus desígnios o Princípio Criador de tudo o que existe. Maria, Virgem e Mãe representa pois a Forma; o Deus Sol Pai é o emblema do espírito Vital. Da união destes dois princípios resulta a matéria viva, submetida às vicissitudes das Leis de Mutação e Continuidade. Surge então Jesus, o Espírito Encarnado, o fogo que toma corpo nas coisas; tal como conhecemos: “E o Verbo se fez Carne e habitou entre nós”. (Mistérios das Catedrais, pág. 85).
Afirma esse grande Mestre Alquimista: “Tudo quanto buscam os sábios está no Mercúrio (Energia Sexual) ou melhor, na Pedra (sexo); a natureza é função desse Vaso (órgãos sexuais), que tanto se comenta sem saber o que é capaz de produzir; sem esse mercúrio tomado de nossa Magnésia, nos assegura Filateo, é inútil ascender a lâmpada ou Forno dos Filósofos (o chacra Mulhadara). Qualquer profano que saiba manter o Fogo executará a Obra tão bem como um alquimista experiente; não requer perícia especial nem habilidade profissional, senão todo o conhecimento de um curioso Artifício que constitui o Secretum Secretorum, que não foi revelado; sem dúvida, os investigadores que com êxito remontaram os primeiros obstáculos e extraíram Água Viva da antiga Fonte, possuem a Chave capaz de abrir as portas do Laboratório Hermético” (Moradas Filosofais, págs. 287, 299, 300, 302).




paracelso Alquimia   História, Fundamentos, Teorias e Principais AlquimistasPhillipus Aureolus Theophrastus Bombastus von Hohenheim ou simplesmente Paracelso (*1493 +1541) - suíço;
Famoso alquimista, um dos Mestres mais exaltados da Venerável Loja Branca, pertencia ao ramo da Medicina, como Hipócrates, Galeno e Hermes. Muito jovem foi para a escola dos Beneditinos do Monastério de San Andrés, para sua formação religiosa e lá começou uma amizade com o Bispo Eberhard Baumgaster, o qual era considerado um dos alquimistas mais notáveis de seu tempo; passou logo a Basilea, onde fez grandes progressos nos estudos de Ciências Ocultas.
Naqueles tempos era impossível dedicar-se à Medicina sem conhecer profundamente a Astrologia. Havia lido as obras do Eclesiástico Tritêmio, que tanto o atraiu que decidiu se mudar para Wurzburg, lugar onde permanecia o sábio eclesiástico em comunhão com seus discípulos. Tritemius ou Tritêmio afirmava que as forças secretas da Natureza estavam confiadas a seres espirituais.
Tinha muitos discípulos que frequentavam seu laboratório, onde realizava experimentos alquímicos e mágicos; era grande conhecedor de Kabala por meio da qual havia dado profundas interpretações às passagens proféticas e místicas da Bíblia; por isso colocava as Santas Escrituras acima de todos os estudos, devendo seus alunos dedicar-lhe toda atenção e amor. Isso influiu Paracelso em toda sua vida, no estudo da Bíblia, que foi uma das tarefas que se ocupou mais intensamente. Em seus escritos verificamos o seu perfeito conhecimento da linguagem e do significado esotérico da Bíblia. Paracelso ensinou que a Alquimia não tem por objetivo exclusivamente a obtenção da Pedra Filosofal; a finalidade da Ciência Hermética consiste em produzir essência soberana e aplicá-la devidamente na cura das enfermidades. Considerava, com base na própria Divina Criação, que toda substância dotada de vida orgânica continha grande quantidade de potência curativa. Os metais, as pedras e suas variações trazem em si mesmo a quinta essência, assim como os corpos orgânicos e embora sejam considerados sem vida para diferenciá-los dos animais e plantas, contém essências de corpos que viveram.
Paracelso expôs a teoria dos Três Princípios; afirmava que cada substância ou matéria em crescimento estava formada por Sal, Terra, Enxofre, Fogo, Mercúrio e Água. A força vital consiste na união dos três princípios, havendo sempre uma ação tripla para cada corpo: a purificação por meio do sal, a dissolução e consumação pelo enxofre e a eliminação pelo mercúrio.




Heinrich Cornelius Agrippa von Nettesheim, nasceu em 1486 - Colônia, e faleceu em 1535 -Grenoble. Estudou em quatro faculdades, aprendendo idiomas, direito e ciências ocultas. Fundou em Paris uma sociedade secreta juntamente com alguns jovens franceses, que se estendeu pela França, Itália, Alemanha e Inglaterra. Escreveu livros sobre a história da Igreja e biografias. Uma de suas obras é Os Sete Conceitos, livro eminentemente Gnóstico. Em sua opinião havia 7 anjos que correspondem aos 7 planetas e cada um deles governa como segunda causalidade, ao longo de uma época calculada segundo critério cabalístico, por ordem de Deus – primeira causalidade. Estes sete conceitos dos quais fala Agripa são as 7 esferas vinculadas a 7 planetas e simboliza 7 princípios, 7 estados diferentes da matéria e do espírito, 7 mundos diversos de cada homem e cada humanidade, que é obrigada a evoluir dentro de um sistema solar.
Os sete Gênios ou sete Deuses Cosmogônicos significam os Espíritos Superiores dirigentes de todas as esferas, e são os sete Devas da Índia, os sete Amsha-pands da Pérsia, os sete grandes Anjos da Caldéia, os sete Anjos do Apocalipse Cristão. Manifestam-se também na constituição do homem, que é triplo em sua essência porém sétuplo em sua evolução. Escreveu um livro contra feitiçaria. Conheceu Magia, Cabala e Astrologia, bem como a transmutação dos metais mediante a Pedra Filosofal, a qual chamava Alento de Deus Petrificado e a considerava encarnação de todas as almas penetrantes do mundo.
Agrippa disse que não é fora de nós onde devemos buscar o princípio das grandes obras, pois em nós habita um Espírito que muito bem pode realizar aquilo de que são capazes os matemáticos, magos, alquimistas. Seguindo a doutrina de seu amigo e promotor Trethemus, acreditava que o espírito que habita em nós é a Alma-Espírito-Universal que anima a todos os corpos.
Roger Bacon; foi um dos mais sábios estudantes da Alquimia, realizando até mesmo transmutações de metais. Bacon trabalhou no Calendário Juliano, aperfeiçoou instrumentos de óptica, fabricou a pólvora e aproximou-se muito dos princípios que permitiram a fabricação de óculos e telescópios alguns anos mais tarde. Foi preso duas vezes, pois os Franciscanos não toleravam seus questionamentos. Suas obras químicas foram reunidas no século XVII com o nome Tesouro Químico de Roger Bacon e era composta dos livros: Alquimia Maior, O Espelho da Alquimia, Sobre o Leão Verde, Breviário do Dom de Deus, Os Segredos dos Segredos, além de outras anotações.

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Michel de Nostredame (*14/12/1503 St. Remy +02/7/1566 Salon): o sábio, médico, alquimista e astrólogo Michel de Nostredame (mais conhecido por seu nome latinizado Nostradamus), considerado um dos maiores profetas da humanidade, levava particularmente uma vida secreta regrada pela excelsa Tradição dos alquimistas. Seguiu à risca todos os seus preceitos, exceto aquele que pede a preservação do anonimato em suas vidas. Mas desculpa-lhe o fato de ter sido um dos principais médicos a se envolver no combate à terrível Peste Negra que assolava a Europa, mais precisamente o sul da França, na primeira metade do século XVI. Seu pai era tabelião e seus dois avós médicos. Nostradamus foi convidado por um alquimista, Julius César Scalinger, para conhecer suas pesquisas e permaneceu um tempo em sua casa. Acabou se casando com Marie Auberligne, grande estudiosa e auxiliar de Scalinger em seus experimentos.
Foi nesta época que Nostradamus passou a aprofundar-se na Alquimia, utilizando a biblioteca escondida de Scalinger, porque nesse tempo era proibida qualquer prática alquímica.
Exerceu com ousadia, na região da Provença, o seu ofício de salvar vidas. Por meio de métodos próprios, valendo-se de receitas originais inventadas por ele mesmo, e sempre contestando a ortodoxia do pensamento médico ensinado nas Universidades, ainda muito jovem Michel atrairia sobre si uma fama desmedida. Afinal, seus pacientes pareciam sobreviver em maior número do que os demais, quando infectados pela Peste. Antes desenganados, agora impressionados com suas curas, seus pacientes faziam dele maior propaganda do que aquela que seria obtida décadas mais tarde com a publicação das Profecias de Michel Nostradamus, reunidas em dez Centúrias. Fruto inequívoco do alarde feito por seus pacientes, Nostradamus logo passaria a ser visto como alguém especial, a trazer algo misterioso em seu caráter, atributo misto entre o encanto e o poder, a denotar que guardasse consigo estranhos segredos.


BASILIO VALENTIN

 
Basilio Valentin foi um dos maiores Alquimistas de todos os tempos. Foi Beneditino alemão, viveu em Erfust em princípios do século XV; alcançou sua máxima difusão dois séculos mais tarde ao ser impressa sua obra As Doze Chaves, todavia muitos historiadores consideram mítico a este personagem. O primeiro agente magnético empregado para preparar o dissolvente que alguns chamaram Alkaest, recebe o nome de Leão Verde, devido não tanto à sua coloração senão pelo fato de não haver adquirido todavia os característicos minerais, que distingue quimicamente o estado adulto do estado nascente. É o embrião de nossa Pedra de nosso Elixir; alguns adeptos, entre eles Basílio Valentin, o chamaram Vitríolo Verde, para expressar sua natureza quente, ardente e salina.
“Nossa água toma o nome de todas as folhas das árvores, das próprias árvores e de tudo o que apresenta a cor verde, a fim de enganar aos insensatos” – disse o Mestre Arnoldo de Vilanova.
Basílio Valentin dá o seguinte conselho: “Dissolva e alimente o verdadeiro Leão com o sangue do Leão Verde, pois o sangue fixo do Leão Vermelho é feito do sangue volátil do Verde, porque ambos são da mesma natureza” (O Mistério das Catedrais). Em seu livro Azoth descreve de forma cifrada os meios para a produção da Pedra Secreta. Pela forma que se expressa, deduz-se que se trata da fórmula do Vitriolo (Visita Interiora Terrae Rectificando Invenies Occultum Lapidem – VITRIOL). Essa frase quer dizer: Investiga o interior da Terra, a qual retificando, encontrarás a pedra secreta. Em seu livro Testamentum, Basílio Valentin assinala as excelentes propriedades e as raras virtudes do Vitriolo: “É um notável e importante mineral a que nenhum outro na natureza poderia ser comparado, porque o Vitriolo se familiariza com todos os demais metais mais que todas as demais coisas. Alia-se intimamente com ele, pois de todos os demais metais pode obter-se um vitriolo ou cristal, já que se conhecem como uma só e a mesma coisa. O vitriolo é preferível aos outros minerais e deve conceder-se-lhe o primeiro lugar depois dos metais. Pois embora todos os metais e minerais estejam dotados de grandes virtudes, o vitriolo é o único suficiente para fazer-se a Bendita Pedra, o que nenhum outro no mundo poderia conseguir por si só. A este propósito digo que é preciso que imprimas vivamente este argumento em teu espírito, que dirijas por inteiro teus pensamentos ao vitriolo metálico e que recorde que confiei-te este conhecimento, de que se pode de Marte (homem) e Vênus (mulher) fazer um magnífico vitriolo, no qual os três princípios se encontrem e que servem para o nascimento e produção de nossa Pedra” (Moradas Filosofais. Págs. 483 e 484).
Leia sobre eles em: http://www.alquimistasmedievais.net/  

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